O mercado imobiliário não é mais o mesmo. O conselho de que “terra é sempre um bom investimento” perdeu força com o surgimento do Bitcoin e, sobretudo, com a crise demográfica que o Brasil enfrenta. A queda da natalidade e o envelhecimento da população estão corroendo as bases que sustentavam a valorização contínua dos imóveis.
A pirâmide etária do Brasil em 2025
Segundo dados do PopulationPyramid.net, o Brasil em 2025 tem 212,8 milhões de habitantes.
https://www.populationpyramid.net/pt/brasil/2025/
A pirâmide etária acima mostra claramente a transição demográfica:
Apenas 3,1% da população é de meninos de 0 a 4 anos e 3,0% de meninas.
Faixas etárias mais velhas (40 a 49 anos) têm proporções maiores: 3,9% dos homens e 4,0% das mulheres.
O contingente de idosos cresce: já são 2,7% dos homens entre 55-59 anos e 2,9% das mulheres; no grupo de 70-74 anos, temos 1,4% de homens e 1,7% de mulheres.
O formato já não é de “pirâmide”, mas sim de um barril de pólvora que aponta para um futuro explosivo.
O que isso significa para os imóveis?
No passado, crises não impediam o setor imobiliário de valorizar. Isso ocorria porque:
A população brasileira crescia rapidamente;
Havia sempre novas famílias demandando moradia;
O mercado absorvia imóveis mesmo em períodos de recessão.
Hoje, o quadro mudou:
Menos jovens entrando no mercado de trabalho e constituindo famílias;
População envelhecida, com menor demanda por novas residências;
Excesso de oferta em médio e longo prazo, especialmente fora dos grandes centros.
Esse fenômeno já é visível em países mais envelhecidos, como Japão e Itália, onde imóveis em regiões inteiras perderam valor por falta de compradores. O Brasil caminha na mesma direção.
Fontes que confirmam a crise demográfica
IBGE (Projeções de População, 2018): o Brasil deve perder população a partir de 2047, mas a estagnação já começa nesta década.
ONU – World Population Prospects (2022): taxa de fecundidade brasileira caiu para 1,7 filhos por mulher, abaixo do nível de reposição (2,1).
IPEA (2023): aponta que o envelhecimento populacional trará impactos severos sobre previdência, mercado de trabalho e, indiretamente, sobre a demanda por imóveis.
Bitcoin como alternativa
Enquanto os imóveis estão amarrados a uma dinâmica demográfica e territorial em declínio, o Bitcoin representa o oposto:
Um ativo global e líquido, sem dependência de pirâmide etária.
Resistente a confisco e censura, diferente da terra, sujeita a taxações e desapropriações.
Portabilidade absoluta: patrimônio que atravessa fronteiras sem burocracia.
Em um país em decadência demográfica e institucional, atrelar o destino da sua família a um pedaço de chão pode ser uma armadilha. O Bitcoin, ao contrário, oferece um refúgio supranacional.
Conclusão
O Brasil não tem mais a base populacional que sustentava o velho mantra de que “imóvel nunca perde valor”. A pirâmide etária de 2025 já mostra um país envelhecendo rapidamente, enquanto a natalidade desaba.
A decisão patrimonial, portanto, não é apenas econômica, mas estratégica:
Terra e imóveis → presos a um território em decadência demográfica.
Bitcoin → reserva de valor global, independente do destino de qualquer nação.
O “porto seguro” do século XX já não é o mesmo no século XXI.