El Salvador, Bitcoin e a Valorização de 302% que Incomoda o FMI
Em setembro de 2021, um pequeno país da América Central ousou desafiar o sistema financeiro global: El Salvador declarou o Bitcoin como moeda de curso legal. De lá pra cá, o governo de Nayib Bukele acumulou aproximadamente 6.181 BTC, ao custo total estimado de US$ 163 milhões. Com o preço atual do Bitcoin girando em torno de US$ 106 mil, esse montante vale hoje cerca de US$ 656 milhões — um lucro não realizado de mais de US$ 493 milhões. Uma valorização de 302%.
Mas se a matemática é tão clara, por que a estratégia é tão atacada por instituições como o FMI?
A resposta é simples: não é sobre finanças. É sobre poder.
Quando um País Foge do Curral Monetário
El Salvador escancarou algo que o sistema fiduciário tenta esconder há décadas: que é possível romper com a dependência do dólar, dos bancos centrais e de suas imposições neocoloniais. Ao acumular uma reserva escassa, incorruptível e imune à impressão estatal — o Bitcoin — o país lançou uma bomba simbólica contra o sistema de endividamento perpétuo promovido por Washington e seus satélites.
Nayib Bukele entendeu o que Rothbard denunciava em O Que o Governo Fez com o Nosso Dinheiro?: o Estado sequestrou o dinheiro, corrompeu sua essência e passou a usá-lo como instrumento de pilhagem. Ao devolver essa ferramenta ao mercado — melhor ainda, ao código — El Salvador se libertou de uma coleira secular.
A História das Compras de Bitcoin por El Salvador
Além dessas compras públicas, há BTCs acumulados por mineração estatal e outras fontes não divulgadas, chegando aos 6.181 BTC mencionados por Bukele.
O Problema Não é o Risco. É o Exemplo.
O establishment global não teme El Salvador pela sua economia ou exército. Teme porque ele ousou sair da jaula sem pedir permissão. Teme que a África, a América Latina, a Ásia vejam que existe alternativa viável ao FMI, ao FED e à ditadura do SWIFT. Teme que Bitcoin funcione.
E está funcionando.
Em vez de seguir conselhos do FMI — a mesma entidade que recomendou lockdowns econômicos suicidas durante a pandemia e salvou bancos, não pessoas — El Salvador preferiu confiar no código. E colheu os frutos.
Conclusão
El Salvador não apenas desafiou o sistema — lucrou com isso.
O problema para o FMI não é o risco. É o exemplo que dá certo.
E quando um pequeno país mostra que é possível escapar do curral monetário e prosperar com base em um ativo livre e incorruptível, outros inevitavelmente seguirão. E o castelo fiduciário vai tremer.
Bitcoin não precisa de propaganda. Só de bons exemplos.
E nada incomoda mais o sistema do que um exemplo que funciona.