Introdução: A Ilusão da Cura Fiat
Desde o fatídico ano de 1971, quando Nixon enterrou de vez o padrão-ouro e os banqueiros centrais passaram a brincar de Deus, o mundo mergulhou em uma espiral de endividamento suicida. O keynesianismo — essa praga pseudoeconômica — se espalhou como câncer terminal nas políticas públicas globais.
Hoje, não há uma economia no planeta que não esteja viciada na criação incessante de crédito sem lastro. E aqui reside a grande ironia: o único cenário em que o Bitcoin poderia perder espaço seria se o sistema fiduciário se curasse dessa dependência crônica.
Mas já te adianto, caro leitor: esperar por isso é tão realista quanto acreditar que um soça vá abrir mão do coletivismo voluntariamente.
O Vício Estrutural no Crédito
Os dados falam por si:
Dívida global: ultrapassando 350% do PIB mundial.
Dívida pública dos EUA: mais de US$ 34 trilhões e escalando.
Inflação: inevitável. Taxas de juros, apesar das tentativas de manipulação, não conseguem mais segurar o castelo de cartas.
O problema é que o ciclo vicioso já está perfeitamente enraizado. Cada geração precisa de crédito cada vez mais abundante para cobrir não só os seus próprios excessos, mas também os rombos cavados pelas gerações anteriores — todas ensinadas sob a cartilha infame do "gaste agora, pague depois (ou nunca)" de Lord Keynes.
Saifedean Ammous em O Padrão Bitcoin é cirúrgico ao afirmar: “Sem expansão monetária contínua, o sistema fiduciário implode sobre seu próprio peso.”
Por Que Isso Nunca Vai Acontecer
Rothbard já nos alertava no clássico O Que o Governo Fez com o Nosso Dinheiro? que governos amam a inflação. Por quê? Porque ela transfere riqueza dos poupadores para os gastadores políticos, financia guerras, compra votos e paga os salários dos parasitas que vivem à sombra do Estado.
A única alternativa real seria:
Cortes drásticos no gasto público.
Fim do endividamento insustentável.
Retorno a um padrão monetário sólido.
Mas para isso acontecer, seria necessário que políticos renunciassem ao poder fácil de imprimir dinheiro. Você já viu um soça largar o osso? Pois é.
Além disso, bancos não teriam mais como lucrar com a expansão de crédito e a manipulação das taxas de juros. O colapso seria imediato.
A Fatalidade do Sistema Fiat
O sistema financeiro atual está como um viciado terminal em crack, vivendo de doses cada vez maiores para evitar as dores da abstinência.
Mesmo que por algum milagre — ou golpe de iluminação libertária — os governos resolvessem parar de imprimir dinheiro e criar crédito fictício, o resultado seria uma contração tão brutal que o sistema não sobreviveria. O remédio mataria o paciente.
Portanto, a única saída honesta é a que os estados nunca vão escolher voluntariamente: a morte do fiat, e a ascensão do dinheiro honesto — o Bitcoin.
Shitcoiners e Soças: Uma Aliança de Iludidos
Enquanto isso, altcoiners (ou melhor dizendo: shitcoiners) continuam a propagar a falácia da "inovação descentralizada", ignorando que toda altcoin nada mais é do que a reprodução digital da inflação fiat. Já os gradualistas e minarquistas ("soças fantasiados de liberais") pregam reformas cosméticas dentro de um sistema que já nasceu condenado.
Ambos são faces da mesma moeda falsa.
Conclusão: O Destino Está Selado
A única chance de derrota para o Bitcoin seria a redenção moral e fiscal dos estados.
Mas como essa possibilidade é uma piada de mau gosto, o Bitcoin segue firme como a rocha que resiste à tempestade — como a casa construída sobre fundamentos sólidos, enquanto o castelo de areia fiat desaba sob as ondas da realidade econômica.
A cada dia que passa, o Bitcoin não só sobrevive: ele prospera. Alimentado pela falência moral do Estado, pelas mentiras dos bancos centrais e pela covardia intelectual dos economistas mainstream.
Portanto, mantenha sua autocustódia. Honre sua soberania financeira. E, por caridade, não tenha parasitas ou altcoiners de estimação.