A Moeda dos Escravos
O termo "moeda dos escravos" pode soar exagerado para os ouvidos condicionados pelo consenso social moderno, mas essa hipérbole revela uma verdade incômoda: o dinheiro estatal, fiduciário, é o instrumento de dominação mais eficiente já criado.
Durante séculos, senhores de escravos controlaram corpos com correntes. Hoje, governos e bancos centrais controlam a alma produtiva das massas com papel-moeda. A escravidão antiga ao menos era visível; a escravidão fiat se disfarça de cidadania, de patriotismo, de participação no contrato social.
Saifedean Ammous, em "O Padrão Fiat", chama isso de "a alternativa da humanidade à escravidão da dívida". A frase não é metáfora: quem vive preso a uma moeda que perde valor diariamente trabalha não para enriquecer, mas para evitar empobrecer. É um eterno estepe na esteira da inflação.
Enquanto a casagrande — a elite econômica representada por instituições como BlackRock, Fidelity, governos e bancos — já está poupando em Bitcoin, à senzala — a população em geral — é permitido apenas utilizar a moeda fiduciária inflacionária. O apartheid monetário está instalado, e poucos percebem.
O fiat é o chicote moderno. Ele rouba tempo, suprime o futuro e penaliza a poupança. Ele centraliza, corrompe e financia as guerras. A moeda estatal é, literalmente, a raiz da servidão contemporânea. Rothbard já advertia: o governo, ao controlar a moeda, controla tudo. Não há liberdade onde não há soberania monetária.
E então surge o Bitcoin.
Bitcoin é a rebelião dos escravos. É o Êxodo financeiro. É a recusa voluntária a continuar sustentando um sistema que se alimenta da produtividade dos inocentes para subsidiar os delírios dos planejadores centrais.
A autocustódia é mais que uma prática técnica: é um ato de revolta moral. Ao empilhar sats, o bitcoiner não está apenas economizando; está resistindo. Está recusando ser gado, ser massa, ser escravo. Está dizendo: "Eu não consinto".
E os que ainda acreditam no real, no dólar, nas promessas dos bancos centrais? Estes são os novos escravos. Não usam correntes, mas carregam cartões. Não moram em senzalas, mas pagam hipotecas e dívidas impagáveis. São servos, e chamam isso de liberdade. Como Smeagol, perseguem obsessivamente o "anel" do crédito fácil e do consumo ilusório, sem perceber que ele os leva à ruína. Tornam-se Gollum — deformados pelo desejo de um poder que nunca possuirão de fato.
Por isso, não basta dizer "o Bitcoin é melhor dinheiro". Precisamos dizer: o dinheiro FIAT é imoral. É injusto. É tirânico. E precisa cair. A moeda dos escravos precisa ser enterrada. Que venha a moeda dos livres.
Bitcoin ou escravidão. A escolha é sua.